As expectativas britânicas para a COP 26
- Josieli Santini
- 4 de jun. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de ago. de 2022
A cidade de Glasglow, na Escócia, sediará entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro a 26ª Conferência das Partes (COP). A COP é o órgão supremo de decisões adotado no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, elaborada em 1992, e é um evento anual que objetiva reunir os líderes mundiais em torno de discussões relacionadas às mudanças climáticas. Adiada para 2021 por conta da pandemia, esta conferência tem uma importância singular: marca os 5 anos da assinatura do Acordo de Paris.
O Acordo de Paris, que estabeleceu metas ambiciosas e somou mais de 180 assinaturas, foi considerado um sucesso diplomático. O seu objetivo é transitar para uma sociedade de baixo carbono a longo prazo a partir das denominadas Nationally Determined Contributions. Nesse sentido, os Estados definiram, em 2015, suas contribuições com base no interesse nacional, sem que houvesse imposição de metas a serem alcançadas. Encontros quinquenais foram ajustados para rastrear e informar o andamento das contribuições.
O presidente da COP26, o britânico Alok Sharma, afirmou que será mais difícil alcançar um pacto mundial ao final desta série de reuniões do que foi em Paris. Ele concorda que o Acordo de Paris é considerado um marco, porém criticou a forma como grande parte das regras foram deixadas para o futuro. Sharma também ressaltou algumas dificuldades: o contexto geopolítico, o retorno dos Estados Unidos — segundo maior emissor de CO2 — após saída conturbada e a publicação do recente Relatório do IPCC, que demonstra como os países estão na contramão do Acordo.
Entre as expectativas britânicas expressadas por Sharma, cabe reforçar a contenção da temperatura média mundial em 1,5ºC — meta que encontra resistência por muitos países produtores de combustíveis fósseis — e a regulação da emissão de carbono. Além disso, destaca-se como ponto fundamental o financiamento climático, uma vez que a promessa feita pelos países desenvolvidos, em 2015, não foi cumprida. Por fim, os setores agrícola e automobilístico devem entrar em pauta, visto que têm papel crucial nas emissões de carbono.
Redação: @josisantini
Arte: @igorfmat
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